COMO COMEÇAR UM NEGÓCIO DO ZERO

Introdução

como começar um negócio do zero

Especialmente para quem nunca empreendeu, começar um negócio do zero pode parecer extremamente desafiador.

Existe o desconhecimento do como fazer cada etapa e também a ordem certa de realizá-las.

No Brasil existem 21,8 milhões de empresas e 97,7% deste total são microempresas e empresas de pequeno porte. Isso sem falar dos negócios informais que são estimados em 19 milhões de cidadãos.

Infelizmente 27% destas empresas fecham no primeiro ano de vida.

Mas isso não é motivo para desanimar.

Este número poderia ser menor se alguns passos importantes fossem realizados antes de começar o negócio.

O mito do empreendedor

No livro O Mito do Empreendedor, o autor Michael E. Gerber ressalta que não adianta o empreendedor entender apenas do negócio, é preciso entender de negócios.

Ou seja, para começar um negócio de alimentos não basta saber cozinhar bem ou amar a gastronomia. É preciso saber como funciona um negócio de alimentos.

OS PRIMEIROS PASSOS

Esta definição não deve ser baseada apenas no que o empreendedor gosta de fazer ou pelo que é elogiado. Isso é importante, claro. Mas para começar um negócio do zero com sucesso é preciso seguir alguns passos que vamos ver a seguir.

1. COMEÇANDO DO ZERO? PRIMEIRO DEFINA O QUE VOCÊ VAI VENDER OU QUE SERVIÇO VAI PRESTAR

Apesar de ser tentador escolher um produto que gostamos de fazer, esta escolha deve levar em consideração principalmente se existem clientes compradores no raio de entrega do negócio e se existe procura ou desejo por aquele produto.

É interessante começar definindo um nicho para em seguida, dependendo do tamanho da cidade, escolher um sub nicho. Como funciona?

Por exemplo, alimentação saudável é um nicho, que por sinal está em crescimento. Alimentação vegana saudável é um sub nicho, que aliás, também está evoluindo.

Refeições caseiras (marmita) também é um nicho. Refeições caseiras vegetarianas, um sub nicho.

É preciso estudar o tamanho do mercado na região.

Se o empreendedor está em uma área rural, por exemplo, ou em uma cidade muito pequena, não deve escolher um sub nicho, pois será um público pequeno para o negócio.

Escolhido o nicho, é preciso seguir para a próxima etapa.

2. DEFINIÇÃO DE PÚBLICO ALVO

Este é o ¨para quem¨ do negócio.

Ninguém vende para todo mundo e quem insiste nisso acaba não tendo sucesso.

Seres humanos têm necessidades e motivações de compra diferentes e quando começamos um negócio é fundamental fazer esta definição.

A partir deste momento todo o negócio vai fluir na mesma direção.

Embalagens, comunicação com o cliente, canais de venda, diferenciais competitivos, tudo precisa estar alinhado com o público alvo.

Imagine por exemplo um hortifruti popular, um ¨sacolão¨ e um mercado de luxo. Ambos vendem frutas e legumes, certo?

No entanto o cliente que compra no sacolão está interessado primeiramente em preço baixo. Esta é a prioridade. Então é isso que ele quer encontrar.

Já o cliente do mercado de luxo busca o conforto, manobrista, empacotadores e produtos especiais. O preço não é a prioridade.

Ambos vendem frutas e legumes, mas são pessoas com necessidades e desejos diferentes.

Uma vez feita esta definição vem o passo que talvez seja o que vai definir se o negócio vai prosperar ou não.

3. A PRECIFICAÇÃO DOS PRODUTOS

É aqui que os empreendedores cometem muitos erros. O principal deles é pular esta etapa. Ou ainda utilizar atalhos para chegar ao preço de venda.

A precificação correta é o que vai permitir que o negócio cresça.

É preciso ter o custo dos produtos inicialmente. Esta etapa é feita com a utilização de uma ficha técnica. Em seguida, a definição do preço levando em consideração o público alvo e o mercado onde o empreendedor irá atuar.

Se o empreendedor já verificou que está em uma região de baixo poder aquisitivo e que no seu raio de entrega não existe um grande número de pessoas dispostas a comprar um produto com ingredientes nobres, o que elevará o preço final, não adianta ir por este caminho.

Este é aquele cenário do empreendedor que faz um brigadeiro com chocolate belga e escuta diariamente que seu produto é caro.

Uma vez definido o preço com base nos custos e despesas e no mercado, é hora de planejar as vendas. Veja AQUI um artigo sobre precificação de alimentos.

4. ESTRATÉGIAS DE VENDAS

Uma vez que as etapas anteriores estejam cumpridas, é hora de planejar as estratégias de vendas.

Esta etapa precisa ocorrer depois das anteriores pois simplesmente tentar vender sem saber para quem pode ser muito mais difícil.

As estratégias de vendas podem ser: Parcerias, campanhas do tipo ¨indique um amigo¨, combos semanais, cartão fidelidade, entre outras.

Os canais digitais facilitam muito este trabalho pois é possivel alcançar os segmentos de público alvo mais facilmente.

O mercado digital mudou o jogo da divulgação dos negócios que atuam localmente porque os anúncios chegam na frente de quem tem maior potencial para comprar.

Hoje é possível divulgar seu negócio gratuitamente através do Google Meu Negócio, com a ficha do Google. Além de anunciar de forma paga em outras plataformas.

Tão importante quanto captar clientes é mantê-los ativos. O atendimento deve ser padronizado e personalizado e graças à tecnologia, hoje é possível fazer isso através de robôs de atendimento que podem responder de forma instantânea às primeiras demandas dos clientes.

Uma das ferramentas mais bacanas para esta finalidade é o app Anota aí, que gerencia os pedidos. Os clientes tornaram-se muito exigentes em relação ao tempo de resposta de atendimento, então recorrer à tecnologia certamente ajuda no tempo de resposta.

Uma vez que as vendas comecem a acontecer é preciso fazer ações de pós venda e transformar os clientes iniciais em recorrentes.

Coletar feedbacks e fazer correções necessárias nos produtos é fundamental antes de crescer o negócio.

Em paralelo é preciso implantar uma etapa fundamental para a manutenção do lucro.

5. CONTROLE FINANCEIRO PARA QUEM COMEÇA UM NEGÓCIO DO ZERO

O dinheiro entrará no caixa do negócio e neste momento é preciso controlar a saída de forma qualificada, sabendo quanto está sendo gasto em matéria prima, gastos fixos, variáveis, taxas e impostos.

O faturamento é importante, mas ainda mais vital é o lucro.

Sem vendas não há faturamento. Sem faturamento não há lucro.

Mas, sem lucro não há crescimento. E quem não cresce, acaba morrendo.

Quando falamos de negócios lucrativos, estamos falando de custos e despesas menores do que o faturamento. Sendo o lucro a diferença entre o faturamento e os custos e despesas, fica fácil compreender a importância de controlar todo o dinheiro que sai do negócio.

CONCLUSÃO

Começar um negócio do zero requer planejamento porque por menor que seja, é preciso ter atenção em todos os pilares. Começando pela escolha do produto, passando pelo público alvo, precificação correta, estratégias de vendas e controle financeiro.

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